terça-feira, 21 de outubro de 2008

COMO É O BAIRRO DOS EDUCANDOS?

Após duas semanas sem encontros, por conta de Festa da Primavera (que será tema de postagem neste blog) e também pelas Eleições, estamos de volta para tratar da questão: Como é o bairro em que seus educandos moram?

Para tanto, no dia 11/10, o IDENTIDADE EM REDE preparou dois mapas e trouxe alguns dados a serem discutidos com os participantes. Antes, porém, a opinião deles sobre o bairro - aspectos positivos e negativos, facilidades e dificuldades para os moradores daqui:
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Aspectos Positivos:

- Transporte: "tem para muitos lugares", aspecto quantitativo;

- Comércio: "de primeira necessidade", como mercado, açougue, farmácia;

- Iluminação Pública;

- "Espaço aberto": local público que proporciona aulas e oficinas de pintura, música etc.;

- Associação de Moradores do Jardim Miriam, onde também acontecem aulas de arte e onde funciona o EJA (Educação para Jovens e Adultos).
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Aspectos Negativos:

- Transporte, em seu aspecto qualitativo;

- Comércio de vestuário, eletrodomésticos etc.

- Não há Posto de Saúde;

- Não há parques;

- Não há cinemas;

- Não há creche (ou o número não supri a demanda);

- Não há praças;

- Não há bibliotecas.


Características do Bairro:


Perguntamos também aos participantes, o que caracteriza o bairro. Sem usar juízo de valor, o que é notório para quem chega na região do Jardim Miriam e Cidade Júlia. A resposta foi: muitos bares, igrejas "de garagem", comércios "de garagem". Além disso, também se verifica que as crianças sempre pedem para utilizar a qudra da escola, uma vez que não se tem quintal em casa. Há pouca EMEIs, poucos bancos, hipermercados, lazer para a família e é baixa a segurança.

Nesta situação, constatamos que muitos utilizam os equipamentos da cidade de Diadema, e embora o acesso seja restrito, sempre dão um jeito de conseguir atendimento. Por conta disso, perguntamos: o que há de melhor em Diadema? As respostas:

- Há muitas escolas;

- Há postos de saúde;

- Rede bancária, ao menos caixas eletrônicos;

- Todo o tipo de comércio;

- Teatro;

- Faculdade;

- Shopping Center (em breve!)

Os motivos que fazem de Diadema um local melhor estruturado deve-se a boa admistração da cidade para uma participantes moradora do município, e também pelo seu tamanho reduzido, sendo mais simples de administrar, para a moradora de São Paulo. é importante ressaltar que a parte de Diadema que fica ao lado da Cidade Júlia e Jardim Miriam é o centro da cidade. Estas diferenças, ficaram mais explícitas com a apresentação dos mapas elaborados.

Abaixo, temos dois mapas. O primeiro mostra a divisão dos bairros e a localização de moradia de cada participante:

Este mapa serviu para tirar as dúvidas a respeito da divisão de bairros.
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O segundo mostra a disposição dos equipamentos públicos da região, nas áreas de esporte, cultura, educação etc.

Verificamos através do mapa acima que não há, de fato, equipamentos de saúde e cultura na região. Podemos nos informar sobre a população e a renda média dos chefes de família, com base em dados do IBGE, projeção para 2007.

A população da Cidade Ademar, onde se localizao bairro, é de 245.807 habitantes, que representa 2,2% da população da capital paulista. Do total de habitantes, 53% tem até 29 anos de idade, sendo que 34% tem até 19 anos de idade.

A renda média mensal por domicílio em 2006 era de R$2.087,14, bem abaixo da renda média da capital, que no mesmo período era de R$2.997,41. Do total de chefes de família, 56% ganham até 5 salários mínimos, sendo que 21% do total ganham até 2 salários. Há ainda 14% sem renda. Todos estes percentuais são inversos aos totais da capital paulista, isto é, até 5 salários mínimos os percentuais da Cidade Ademar estão acima da médida da apital, e a partir de 5 salários mínimos os percentuais estão abaixo dos da capital.

Os mapas trouxeram um resumo da situação do bairro. Para uma visão mais detalhada de várias perspectivas, consutem o site "Criança e Adolescente 2007" (clique no título), do Instituo Lidas, entre com o CEP da escola (04424-030) ou o de sua residência, e terá vários mapas e tabelas sobre renda, escolaridade, quantidade de domicílios, média de moradores por domicílio, dados sobre violência, gravidez na adolescência entre outros.

No próximo encontro iremos discutir os por quês desta situação no bairro!

POR QUE OS EDUCANDOS MORAM NESTE BAIRRO?

No dia 20/09, discutimos como cada família veio morar na região onde se localiza a EE José Nascimento. As participantes, sobretudo as professoras, mostraram-se muito bem informadas sobre o histórico do bairro. Nos informaram, por exemplo, que o bairro onde a escola se encontra é Cidade Júlia, e não Jardim Miriam como imaginávamos (e que na verdade fica ao lado).

De início as participantes disseram que há realidades diferentes, e que portanto há diversos motivos para a chegada decada família na região. Podemos traçar um histórico de ocupação do bairro a partir desua origem: grandes fazendas, que foram divididas em lotes e vendidas pelos proprietários a partir do final dos anos 1950. Os bairros adiquiriram os nomes destes antigos proprietários, sendo que alguns ainda têm decendentes na região. Especificamente sobre o entorno do E.E. José Nascimento, as participantes nos informaram que:

1. O local era uma fazenda, dividida em chácaras e depois em lotes. A fazenda pertencia a Dona Júlia - e daí o nome do bairro ser Cidade Júlia - , que repartiu com seus dois filhos, os quais comercializaram;

2. Os moradores mais antigos compraram os lotes em 1959. Eram moradores de outras regiões da cidade de são Paulo, sobretudo de bairros da zona sul, relativamente próximos, em sua maioria oriundos do interior do estado e também muitos imigrantes;

3. Diz-se, também, que os patrões destes primeiros moradores adiquiram os lotes na região e revendiam a seus funcionários;

4. Não havia infra-estrutura no bairro, só a partir da construção da escola, em 1978, é que passou a se desenvolver. O terreno da escola foi uma doação da fmília de Dona Júlia, e abrigou o Colégio Cidade Júlia, em local próximo onde hoje está a E.E. José Nascimento;

5. Os primeiros lotes, comercializado a partir dos anos 1960, eram regularizados. Mas, com o passar dosanos, a ocupação passou a ser feita de forma desordenada e, em muitos casos, irregular. Próximo à conhecida "Praça do Miriam" há uma rua com calçada muito estreita, este local foi uma das ultimas chácaras loteadas da região, onde já se observam as residências sem padrão;

6. Nota-se, neste segundo período de ocupação, a chegada de famílias de outros estados, sobretudo da região Nordeste;

7. Apesar de Cidade Júlia e Jardim Miriam estarem situadas na região da Cidade Ademar, os moradores enxergam como locais distintos. Para eles, a Cidade Ademar é considerado um local "melhor para se viver", por contar com uma melhor distribuição de comércio e equipamentos públicos e privados, necessários no dia-a-dia (a disposição dos equipamentos na região será discutida no próximo encontro);

Os depoimentos dos participantes coincidem com os dado oficiais, que constam na página da Subprefeitura da Cidade Ademar. Em consulta ao site, soubemos do histórico, confirmado pelos participantes apenas com uma pequena divergência: aorigem dos primeiros moradores. Abaixo você tem dois elos que tratam da história do Jardim miriam e da cidade Ademar, basta clicar no título para ler as notícias:

Comunidade comemora aniversário do Jardim Miriam
, de 10/10/2005;

HISTÓRICO: Bairro surgiu na década de 1960 com povoamento de migrantes de outros estados

Neste segundo elo, notamos a ação importante dos moradores para a melhoria da qualidade de vida:

"A prioridade foi sempre o centro urbano de Santo Amaro, por causa do seu complexo industrial, o maior da América Latina com o centro urbano expandido e as demandas da periferia eram deixadas para um segundo plano.

A situação começou a mudar depois da década de 70, quando o movimento social começou a pressionar e lutar por melhoria de condições de vida. Embriões de organização popular ainda incipientes e clientelista surgiram depois do fim da ditadura militar e o processo de redemocratização que tinha, nas Sociedades Amigos de Bairros um espaço,onde os políticos faziam todo tipo de promessas e depois das eleiçõessumiam, ignorando os problemas da região."

Com base no depoimentos dos participantes presentes, podemosrelacionara história do país com o bairro. O fato de ele ter passado a tomar as característica de ocupação atuais, deve-se, sem dúvida, ao processo de mecanização do campo e industrialização iniciado nos anos 1930 e intensificado nos anos 1950, com a chegada da indústria automobilística. Neste sentido, vale destacar que o bairro faz divida com o município de Diadema, que pertence à região do ABCD, conhecida sobretudo por ser um importante pólo industrial, em especial no setor automobilístico, responsável por elevar estas localidades á condição de município.

Estes dois aspectos de nossa história política-econômica - a mecanização do campo e a intensa industrialização nos centros urbanos - fizeram com que as famílias se deslocassem de suas cidades de origem a procura de emprego na capital. Muitas destas famílias vinham já com a vaga de emprego garantido, uma vez que muitos proprietários rurais tinham também negócios na cidade e, se possível, acabavam por assentar as famílias em lotes relativamente próximos dos locais de trabalho.

Como complemento, soubemos que José Nascimento era um professor do interior de São Paulo, e que, provavelmente a homenagem tenha sido feita por conta desta ligação dos primeiros proprietários dos lotes. Mas isto é apenas uma hipótese que deverá ser melhor pesquisada e esclarecida.


Abaixo você tem imagens do início da ocupação do bairro, retirados do site da subprefeitura (elos acima)...

e aqui algumas imagens da região hoje...
mapa da região

entorno da E.E. José Nascimento

ruas próximas à escola.

QUAL A IDENTIDADE DOS EDUCANDOS?

Dia 13/09 teve início a Oficina de Blog na Escola Estadual Profº José Nascimento, uma realização do Projeto IDENTIDADE EM REDE em parceria com o FOLHAS AMASSADAS.

Logo de cara, fizemos a limpeza da sala, mesas e equipamentos, que se transformou em um mutirão, contando com a ajuda espontânea dos participantes que chegavam.




Terminada a limpeza, soubemos que a sala de informática, onde se realiza a Oficina, existe já ha três anos, mas por diversos motivos até então nunca havia sido utilizada.

Iniciamos com a apresentação da Oficina e perguntamos das impressões e expectativas de pais e professores presentes. Todos se mostraram dispostos após saberem das potencialidades do blog. Nenhuma das professoras têm um blog e apenas duas participantes disseram que visitam algum, na área de educação.

A primeira questão colocada: Qual a identidade dos educandos?, teve a intenção de sondar como os professores viam seus educandos e as condições de vida destes. Esta questão será repetida ao final da Oficina para mensuramos o grau de apreensão (e a utilidade) das discussões que ocorrerão.

De cara, observamos que os educandos são muito diferentes uns dos outros. No geral, os aspectos que determinam a identidade deles estão na estrutura familiar e na relação com a comunidade e com a escola.

O poder aquisitivo das famílias é considerado baixo, vê-se também uma busca por auto-estima que passa pela aquisição de status, e engloba uma série de atitudes e valores que o inserem no meio social. Um exemplo disto é a não utilização dos kits com material escolar, chamado por muitos de "kit favela". Observa-se na comunidade, que para alguns, utilizar estes materiais fornecidos pelo poder público lhes agrega um baixo valor social. Até mesmo o material escolar das crianças influencia na auto-estima dos moradores.

Por fim, a relação mãe-aluno é fundamental para o desenvolvimento das crianças. Embora pareça óbvio, é importante citar - já que se trata de uma constatação de professores e pais presentes -, que quanto mais ausente os pais estiverem do universo escolar, quanto menos eles acompanharem seus filhos, mais fraco e lento será o desenvolvimento do educando.

A falta de sonho e/ou perspectivas de algumas crianças devem ter origem no mesmo sentimento da parte dos pais, e isto por vários motivos, que vamos tentar tratar nos encontros.

Os temas levantados pelos participantes neste primeiro encontro foram "comportamento" e "organização", que se intereagem. Isto é, o comportamento dos alunos é, em maior medida, moldado pela organização escolar.

Exemplo de ótima relação entre escola e comunidade é a Escola Estadual Rui Bloem, no bairro de Mirandópolis. Há cursos para professores e a Associação de Pais e Mestres auxilia, através da arrecadação, a aprimorar o ambiente escolar. Além de parcerias importantes.

O site da Escola, com histórico, projetos, atividades e uma série de coisas pode ser visto clicando aqui.

Ao final, cada participante presente criou seu perfil no blog e agora já podem contribuir com postagens sobre atividades em sala, na escola ou inserir textos diversos.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

IDENTIDADE EM REDE PARA EDUCADORES

O Projeto Identidade em Rede está sendo adaptado para aplicação em escolas. A partir do convite de Regiane Santana, aluna-pesquisadora e do diretor, Professor Geremias, da E.E. José Nascimento, localizada no Jardim Miriam, zona sul da capital paulista.



Entendemos que no processo da formação cidadã, o professor da educação infantil assume papel importante por ser o orientador do primeiro contato das crianças com a vida social, o contato com as diferenças, com as regras de convivência, a aprendizagem de símbolos, signos, enfim, o início de sua comunicação com o mundo. Atualmente, há dois focos de ação complementares que propõem melhorar qualitativamente o ensino e a apreensão do educando para o conteúdo apresentado. O primeiro tem a ver com a utilização de recursos de comunicação na prática educacional (BUCKINGHAM, 2008), sobretudo o computador; o segundo se refere à preocupação com a tradução das informações trabalhadas em sala de aula para o cotidiano dos educandos (DIMENSTEIN, 2008). Complementares pois a simples inclusão de recursos de comunicação não garante, por si só, melhoria na qualidade de ensino. Estas necessidades criaram o que chamamos hoje de educomunicação, projetos que utilizam os recursos da comunicação para a educação.

O Projeto IDENTIDADE EM REDE utiliza a metodologia da educomunicação ao promover a oficina de blog, um serviço gratuito, uma espécie de diário virtual com características semelhantes ao de uma página na web, mas com recursos de configuração simplificados. O blog foi escolhido como ferramenta de comunicação por ser de fácil manuseio, pela sua característica interativa, um espaço onde você é o emissor da informação que fica exposta a toda a rede, com espaço para recebimento de comentários. Dessa forma, o projeto constitui-se de um apoio aos educadores, trazendo informações e reflexões que visam aperfeiçoar seu trabalho e, ao mesmo tempo, promover uma maior aproximação de educadores, educandos e comunidade (familiares dos educandos e outros moradores), e de todos com o recurso da Internet na educação, informação e comunicação.

Neste sentido, podemos destacar cinco pontos que demonstram a importância deste trabalho:

1. O computador está presente na vida de todos os educandos. Mesmo os que não têm acesso (em casa, lan-houses ou telecentros), conhecem pessoas (amigos) que utilizam e, por isso, sabem das ferramentas (MSN, Orkut, blog, jogos) e provavelmente querem também utilizar;

2. A escola, preocupada com a ocupação dos educandos mesmo em seu período de lazer, deve estar a par de como eles fazem uso deste importante meio de comunicação e informação;

3. A escola deve dividir este espaço, utilizando-se deste meio de comunicação para aplicar seu conteúdo, de forma criativa através dos recursos que o computador oferece;

4. Os professores, como responsáveis por parcela significativa da formação cidadã de seus educandos, devem conhecer a realidade em que estes educandos vivem. Conhecer a origem deles (identidade coletiva), conhecer o bairro, as possibilidades e limitações para os habitantes daquela região;

5. Por fim, a plena formação cidadã não deve ser baseada apenas na apreensão de regras e normas de comportamento (a criança não é uma folha em branco), mas sobretudo na bagagem cultural do aluno, herdada de seus pais, os quais por sua vez tiveram caminhos traçados em conseqüência da educação que receberam e do contexto sócio-político vivido.

Para tanto, a oficina de blog visa como Público Alvo educadores, educandos e comunidade; e sua duração é aproximadamente 60 dias, com 9 ou 10 encontros, todo sábado, às 10:00 horas.
A E.E. José Nascimento fica na:
R LUISA, 48, - CID JULIA
Tel. (11) 5621-1136
falar com Prof. Geremias
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REFERÊNCIAS
BUCKINGHAM, DAVID. Aprendizagem e Cultura Digital. Revista Pátio, Ano XI, No. 44, Jan.2008. Disponível em: http://www.cereja.org.br/arquivos_upload/david_buckingham_aprendizagem_cultura_digital.pdf
DIMENSTEIN, Gilberto. "Comunicadores do Futuro". jornalismo comunitário, 13/04/2008 (a data se refere à publicação no jornal, não no site). Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/colunas/gd140408.htm Acesso em: 20 Ago 2008.
------------ "Experiências que utilizam a educação por meio da comunicação". jornalismo comunitário, 30/03/2007. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/noticias/gd300307.htm Acesso em: 20 Ago 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O QUE POSSO FAZER PARA QUE MEU BAIRRO SEJA COMO DESEJO?

Após o encontro onde se discutiu a identidade individual e coletiva, dois aspectos foram destacados:

1. Todos pretendem continuar morando no bairro;
2. Atualmente, o estudo é condição para conquistar trabalho (principais objetivos das famílias).


Sendo assim, o encontro do dia 02.08 - último desta primeira oficina - procurou discutir com os participantes, o que fazer para que, no bairro (que é o local onde todos continuarão) haja ensino de qualidade e mercado para que os moradores possam trabalhar e melhorarem em qualidade de vida?

Durante as reflexões, notamos que elas seguiram dois focos: de um lado, as medidas que devem ser tomadas pelo poder público, de caráter estrutural; de outro (e mais importante para os objetivos da oficina), o que cada participante pode fazer para mudar a realidade local. Abaixo está o resultado das reflexões e as demandas observadas:

Lazer e parques: Devido a escases de áreas verdes e a falta de espaço para a construção de parques, foi sugerido que a prefeitura coloque uma linha de onibus gratuita com com preço bem abaixo da tarifa comum circulando nos bairros do entorno até os parques da região, como o Parque Raul Seixas e Parque do Carmos, além de outros espaços cuulturais e de recreação. Ainda sobre o assunto, foi constatado que uma área próxima a Obra Social Dom Bosco que seria utilizada para a construção de empreendimento imobiliário, teve a obra embargada por solicitação do IBAMA, já que há importantes espécies de árvores e plantas no terreno, como o pau-brasil. As árvores estão todas identificadas com plaquetas numeradas. Quem sabe esta área poderá se transformar em um parque?;
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Segurança: maior circulação de viaturas como forma de prevenir a criminalidade, ao invés de uma ação repressiva após a ocorrência do ato de violência;
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Cultura: eventos culturais em ruas de lazer (a serem criadas) e nas escolas (Programa Escola da Família);
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Saúde: na região há grandes hospitais e uma boa distribuição de postos de saúde, assim constatamos que o problema é a enorme demanda de populações em bairros próximos que não tem uma boa estrutura. A solução, neste caso, seria o apoio a construção de hospitais nestes bairros carentes.
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Todas estas sugestões e outras ainda serão melhoradas, documentadas e encaminhadas ao poder público e lideranças locais, na intenção de testar as idéias e em caso de aceitação promover ações para a implementação das medidas.
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No dia 16.08, como estava previsto no cronograma, fizemos uma atividade extra de escolha dos participantes. Minervino convidou todos a irem visitar sua casa, de onde há uma ótima vista do bairro e poderíamos captar mais imagens para ilustrar o conteúdo discutido. As imagens e comentários deste ultimo encontro estão abaixo!

(INSERIR FOTOS E COMENTÁRIOS)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

QUAL A SUA IDENTIDADE?

A pergunta tema deste encontro (26/07/08) teve como objetivo retomar as questões anteriores e do conteúdo produzido pelos participantes, assim como traçar um perfil da identidade individual e coletiva de cada um promovendo a discussão e a reflexão sobre a formação de suas identidades. Para tanto, o método utilizado para que cada um falasse sobre sua identidade foi baeado nas noções de tempo e espaço e suas relações com as seguintes indagações:

1) Origem (por quê?);

2) Presente (o que tem a ver com a origem?);

3) Perspectivas (com base nos tempos anteriores).

Em relação à pergunta sobre a origem de cada um, a intenção foi fazer um resgate sobre a trajetória dos familiares (pais, avós, bisavós) e seus entrelaces como forma de concepção, sendo que isso se mostrou importante como uma primeira herança na construção da identidade dos participantes. Fiocu evidente os objetvos das famílias para a mudança para a capital paulista, uma vez que todos têm suas raízes fora do estado de São Paulo.

Já a questão sobre o presente teve como finalidade saber como a origem de cada um se relaciona com o presente, ou seja, quais foram os motivos determinantes na trajetória dos participantes para caracterizá-los como são atualmente, refletindo sobre a conquista, ou não, dos objetivos traçados pelos seus familiares.

Sobre as perspectivas, o intuito foi de abordar quais os passos e possibilidades que os integrantes da oficina têm em relação ao futuro, como agregar mais elementos em suas identidades e também na constituição de novas identidades que se geraram ou gerarão na história de cada um, além de externarem sobre as possibilidades da localidade onde moram.

Segue nas linhas abaixo a resposta dada pelos participantes para a pergunta sobre suas identidades:

Srº Aparecido

Origem: Nasceu em Pitangueiras, interior do Estado de São Paulo. Filho de mãe baiana, de origem indígena, e pai mineiro. Segundo suas informações, os pais migraram para o interior de São Paulo em busca de oportunidades de trabalho no corte de cana.Em sua trajetória pela cidade, seu Aparecido trabalhava em uma fazenda, sendo que em um período do ano ele exercia as atividades de tratorista e em outro a de trabalhador da usina, seis meses anuais para cada atividade. Casou-se ainda em Pitangueiras.

Presente: Em 1972 veio para a cidade de São Paulo em busca de novas oportunidades de trabalho – seu primeiro emprego na cidade foi trabalhando com serviços bancários - e melhoria financeira. Sempre morou na zona leste da cidade, primeiro no bairro de Artur Alvim e, no começo da década de 1980, adquiriu um apartamento na COHAB II, Itaquera, onde reside até os dias atuais.

Atualmente está aposentado e busca preencher o tempo fazendo cursos. Toda família continua morando em Itaquera, sendo que seu Aparecido disse que seus filhos e netos já estão dando continuidade, de certa forma, em uma parte de sua identidade como uma espécie de herança que vai se transmitindo a cada nova geração. Permanece a busca contínua por trabalho e melhoria financeira.

Perspectivas: Em relação às perspectivas, a intenção é “ficar aqui para sempre”, sendo que, seguindo seus passos, seu Aparecido acredita que os filhos também não sairão do bairro, pois, apesar de terem feito faculdade, esta não acarretou em mudanças significativas em suas vidas. Os filhos trabalhando no bairro (comércio e prestação de serviços).

O blog do Sr. Aparecido - Celito/Catito - pode ser visto aqui. é o blog com maior número de postagens, com formato interessante: em geral, reproduz matérias sobre música, eventos do bairro e exibe seus versos. Sempre com muitas imagens em foto e vídeo!

Srº Minervino

Origem: Paulistano. Filho de mãe mineira, avô português e avó índia pelo lado materno. Já do lado paterno, a família é proveniente da cidade de Resende, Rio de Janeiro, de onde vem sua descendência africana.

Em 1940 sua família vem para São Paulo em busca de oportunidade de trabalho e ascenção. Conseguem emprego na indústria. Estabelecem residência na zona leste da cidade, onde continuam até os dias de hoje. Segundo suas próprias palavras, “a trajetória familiar foi de sucesso”, tanto em termos de aquisições, realizações de sonhos e também de firmar uma base para novas gerações.

Presente: Assentada a família e com o Estudo fazendo parte dos objetivos (ainda ao lado do trabalho), mora no bairro de Guaianazes, trabalhou durante bom tempo na Secretaria de Cultura. Atualmente está aposentado e sempre busca novos conhecimentos em cursos oferecidos pela Obra Social Dom Bosco e também em outros espaços, como o curso técnico de informática que fará em uma das Escolas Técnicas Estadual – ETEC – localizada em Guainazes, após ser aprovado no ultimo vestibulinho com ótima colocação.

Perspectivas: Com relação às suas perspectivas, pretende continuar morando no mesmo local, e os objetivos para ele e sua família, incluindo os sobrinhos, é de estudar e trabalhar. Vê o presente como a melhor maneira de sempre estar voltado para o futuro através da busca constante em novos conhecimentos e realizações de sonhos. O blog dele pode ser visto aqui. Muito bem articulado, com clareza de raciocínio, até o momento seu blog tem poucas postagens. Minervino diz que até finalização da oficina pretendia se empenhar ao máximo no conteúdo trabalhado, e só após é que começaria a publicar seus textos. Esperamos para ver!

Vladimir

Origem: Nasceu no bairro dos Pimentas, em Guarulhos, no de 1976. Filho de pai paulista e mãe mineira, Vladimir ainda ressaltou que seu bisavô materno era português. Apesar de ter nascido na cidade de Guarulhos, mudou-se ainda recém nascido para a zona leste de São Paulo, mais precisamente no bairro de Guainazes, onde mora até hoje. Neste mesmo local constituiu sua formação escolar até completar o ensino médio.

Presente: Atualmente está com 32 anos e tem como atividade principal a dedicação religiosa e a leitura da bíblia.

Perspectivas: A única perspectiva citada por Vladimir é a sua certeza de continuar morando no mesmo bairro, sendo que afirmou não ter pretensão alguma de deixar o local onde mora por questão de identificação. O blog dele - Tremendo Rocha - pode ser visto aqui, é rico em conteúdo sobre religião, embora reproduções de outros sites. Aguardamos seus textos publicados!

Léia

Origem: Nasceu em 1994 na cidade de São Paulo. Filha de pais paulistanos que eram moradores do bairro Iguatemi, zona leste, desde a década de 1970, além de ter avós pernambucanos. Até 1994, sua mãe trabalhava na indústria e após esse período buscou outras oportunidades no setor de serviços, onde ainda trabalha atualmente.

Presente: Desde seu nascimento mora no bairro Savoy City, local escolhido por seus pais devido à proximidade com seus empregos. Léia estuda em seu bairro, está cursando o ensino médio. Também vê na música um importante elemento constituinte de sua identidade e gosta muito de escutar variados estilos musicais.

Perspectivas: Pretende concluir seus estudos no ensino médio e fazer faculdade de direito e, também, se dedicar a escrita por gostar de escrever.

O blog dela - o melhor das músicas brasileiras - pode ser visto aqui. Aliás, o blog é um ótimo espaço para treinar a escrita, que tal escrever sobre música ou noticiar os eventos de seus bairro?

Após todos falarem sobre suas origens, o presente e suas perspectivas, trabalhamos as ligações entre as trajetórias individuais, e como elas se relacionam (de maneira direta ou indireta) a determinados períodos da história do Brasil, do Estado e da cidade de São Paulo, além dos locais onde os participantes moram, observando que estes temas estão interligados como constituinte das identidades individuais e coletivas.

Usando as noções de tempo e espaço mediado por motivos, foi criado um quadro para sintetizar os principais elementos que se entrelaçam e são decisivos na constituição das identidades;

Assim, notamos que todos têm sua oriegem em outra região do país, que não São Paulo. Os objetivos iniciais - de seus antepassados - são os mesmos: a busca de melhor emprego para asceção financeira. Deste modo, suas histórias se relacionam com o período de industrialização do país, como tratado na questão "Por que você mora neste bairro?".

Posteriormente, com as bases familiares já formadas na zona leste da cidade, um novo elemento passa a fazer parte dos objetivos: o estudo! "Trabalhar para estudar" passa a ser uma idéia constante para as primeiras gerações destas famílias nascidas em são Paulo. Começa a se observar também uma mudança no perfil profissional das famílias: se antigamente agrícola ou industrial, aos poucos passamos a ter trabalhadores no setor de serviços. O desenvolvimento tecnológico a partir dos anos 1970 e a abertura econômica são fatores decisivos para esta mudança.

Por fim, as perspectivas mostram uma inversão dos objetivos: "estudar para trabalhar", entendendo com isso que o estudo passou a ser condição para a boa empregabilidade (e realização de ascenção). Isso tem a ver com o pleno desenvolvimento tecnológico e a fragmentação do conhecimento em especialidades.

Um ponto em comum, é que todos pensam em continuar morando no bairro, assim como veêm também seus familiares com esta perspectiva. Mas se todos devem permanecer no bairro, e se educação e trabalho são aspectos fundamentais para a realização dos sonhos, temos que prestar atenção na situação destes aspectos no bairro e propor mudanças. É neste ponto que vamos focar nossos esforços no ultimo encontro!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

COMO É A CIDADE DE SÃO PAULO?

No dia 05.07 inciamos uma discussão um pouco mais ampla sobre a cidade de São Paulo, já que até então, vinhamos trabalhando questões relacionadas principalmente ao distrito de Itaquera.

O encontro nos permitiu saber de cada participante, quais são suas impressões e idéias sobre a cidade. Isso nos levou também a discutir questões interessantes, como por exemplo, as principais diferenças entre o local onde os participantes moram e a cidade - principalmente o centro.

Algumas questões a respeito de SP que foram apontadas:

1) lixo - segundo a Leia, a cidade é muito suja.

2) SP é o berço do Brasil - para o Minervino, é aqui que tudo começa.

3) centro ≠ periferia - Vladimir apontou muito bem essa questão da diferença entre as áreas mais afastadas da cidade, em relação ao centro.

A partir daí, passamos a refletir sobre cada uma destas observações.

1) Sobre o problema do lixo, relembramos encontros anteriores onde este tema foi discutido, como na participação de integrante do Grupo ALMA.

2) A idéia de São Paulo como berço do Brasil, foi um ponto muito importante para a compreensão do processo de formação de São Paulo, e que de certa forma, teve papel fundamental na constituição cultural e territorial da cidade. Esse assunto, que trata da importância da mão-de-obra estrangeira no desenvolvimento da econômico de SP, já foi bastante discutida nos encontros anteriores, já que a vinda de parte dessa população também faz parte do desenvolvimento de Itaquera - principalmente os japoneses.

A partir disso, fizemos em sala uma "divisão territorial" da cidade, que ficou da seguinte forma:

Brás: italianos primeiro / atualmente devido ao perfil do comércio da região – confecções – o local é moradia de Coreanos e Turcos.
Liberdade: Japonês (hoje)
Bom Retiro: Judeus e Árabes
Imirim: Bolivianos (hoje)
Bexiga: Italiano (hoje)
Ipiranga: Português
Centro Velho: Nigerianos (hoje)

Além disso, foi ressaltado que:

∙ A periferia de SP, nas "bordas" do município, é composta principalmente por indivíduos provenientes da região nordeste do país.

∙ Os Ingleses vieram para o país para a construção da linha férrea mas não chegaram a ocupar em grande quantidade uma área ou bairro na cidade. Eles migravam de acordo com a expansão da linha férrea.

3) A diferença entre o centro e a periferia existe, principalmente se pensarmos na infra-estrutura. Essa questão foi muito bem apontada pelo participante Vladimir e nos permitiu fazer com que todos os demais integrantes do grupo pensassem a respeito. A partir disso, montamos o seguinte esquema com os principais tópicos, sempre do ponto de vista do centro da cidade para a periferia:

1) teatro/cidade (lazer) - diferença entre os equipamentos disponível, não só em quantidade como também na qualidade e porte;

2) saúde - mais equipamentos disponíveis (na periferia há necessidade de locomoção);

3) comércio - maior variedade de comércio e serviço;

4) poder aquisitivo - mais alto (a periferia exige menos no que diz respeito a moradia - relação com o tópico 5);

5) serviço/trabalho - concentrados no centro (os bairros da periferia se tornam dormitórios);

6) custo de vida - tranposte público mais acessível e mais próximos dos empregos;

7) ruas pavimentadas - melhor estrutura;

8) investimentos - chegam primeiro e com mais velocidade.

No dia 12.07, exibimos algumas imagens para contar a história da cidade de São Paulo, que fazem parte de um curto roteiro no centro: o Triângulo que liga as ruas Boa Vista (da Praça da Sé até o mosteiro de São Bento), Líbero Badaró (do mosteiro e do metrô São Bento até o Largo São Francscico) e a Benjamim Constant (que liga o Largo São Francisco a Praça da Sé).
Neste pequeno percuso podemos aprender muito sobre o nascimento da cidade e seu dessenvolvimento econômico, expressos na arquitetura e nas instituições ali localizadas.
Iniciamos pelo Pateo do Colégio, que marca a fundação da cidade pelos Jesuítas. A igreja atual passou por várias reformas.

Dentro, um quadro no café mostra em detalhes como era a cidade em meados do século XIX: a Várzea do Carmo, o Gasômetro e as antigas construções.








E, nos fundos, temos a mesma vista HOJE!


Aliás, a rua chama-se Boa Vista porque era uma atrativo para as famílias aos finais de semana ver a Várzea do Carmo, quando estava cheia (repare as partes em azul claro no quadro). Na seca, (e já no século XX) o terreno era usado para as partidas de futebol de operários, e daí "futebol de várzea". Que nome se daria hoje à rua?

Ainda no Páteo, temos idéia das transformações vividas pela cidade através da arquitetura:














Seguindo pela Boa vista (conhecida também como a rua dos bancos - primeiro centro financeiro da cidade), chegaremos até o mosteiro de São Bento, outro ponto turístico bastante visitado (pelo lado de fora) da capital:


Voltando pela Líbero Badaró, em direção ao Largo São Francisco - onde se localiza a primeira faculdade de direito (e até hoje tradicional) da capital -, entramos nas ruas internas ao triângulo. Aqui encontramos, por exemplo, um edifício que é a bandeira do estado de São Paulo:


E que tal o primeiro prédio com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer na cidade de São Paulo com direito a mural (hoje bastante deteriorado) de Di Cavalcanti? Eis o Edifício Triângulo:







Como podemos ver, um curto passeio pelo centro da cidade pode nos mostrar marcas do seu nascimento, da influência da religião católica, do desenvolvimento artístico, econômico (café) e cultural na arquitetura, assim como da rápida transformação por que passa São Paulo, provocando significativas mudanças nas noções de Espaço e Tempo das pessoas que aqui habitam. Mudanças visíveis hoje também nos bairros populares, como discutido em encontros anteriores.

Outros hábitos, no entanto, permanecem. Flagramos, por exemplo, a existência de uma horta cuidada por garis num dos raros espaços livres do centro (vista da Boa Vista):

Continua também o comércio ambulante, que desde 1850 procura espaço nestas ruas movimentadas e se defronta com o poder público (a eterna busca do sustento!).

Da mesma forma que buscamos na cidade as marcas de seu desenvolvimento e da sua identidade, podemos olhar para nós mesmos e para nosso bairro para buscar a nossa identidade e a relação desta com o todo (os outros, a cidade e o país)!

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fotos: por João Paulo Fagundes Ledo em aula de campo de Antropologia, em 2006.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

COMO VOCÊ GOSTARIA QUE SEU BAIRRO FOSSE?

Este questionamento teve como objetivo tratar das carências do bairro sentidas pelos participantes, assim como destacar os aspectos postitivos do bairro, que precisam ser cuidados. Para tanto, no dia 21.06 os participantes destacaram os seguintes aspectos:
  • Segurança;
  • Áreas de Lazer e Parques;
  • Aproximação das direções das escolas com os moradores do bairro, no intuito de promover atividades conjuntas de caráter cultural e educacional;
De certa forma, todos estes aspectos já haviam sido discutidos anteriormente. Principalmente a questão das áreas verdes, que inicialmente foi tida como ponto contraditório na percepção dos participantes, hoje é vista como carência.
No dia 28.06 foi a vez de visualizar como ficariam estras transformações no bairro e também de trazer exemplos de soluções para problemas semelhantes em outros bairros.
De início, todos foram citando a localização dos equipamentos públicos e privados de saúde, educação, cultura, segurança e lazer, que foram mapeados com o recurso do georreferenciamento e nos possibilitou enxergar que alguns aspectos tidos como carência não correspondem à realidade.
Exemplo disso é a questão da segurança:
(INSERIR MAPA COM DELEGACIAS E POSTOS POLICIAIS)
O bairro é cercado por delegacias e bases da polícia militar, no entanto, o que falta é uma ação preventiva, como rondas.
Outro ponto contraditório foi a relação escola x comunidade:
(INSERIR MAPA COM ESCOLAS)
Observamos que nas escolas da região (a maioria estaduais) há o programa Escola da Família, que desenvolve atividades abertas à comunidade nos finais de semana. Assim, o problema está na divulgação destas atividades - que precisa ser melhorada -, mas também na aproximação dos participantes da oficina com estes espaços para sugerir atividades de interesse comunitário e participar das atividades existentes. Ou seja, é preciso primeiro conhecer o que já é desenvolvido.
A presença de espaços de cultura como cinema (poucos), teatro (nenhum), bibliotecas (três), casas de cultura (duas), embora não tenham sido percebidas como carência pelos participantes, quando abordado de forma estimulada se mostrou interessante.
A partir destas constatações, passamos a pesquisar e discutir ações desenvolvidas em outros bairros para superar dificuldades semelhantes às encontradas no entorno do Telecentro Dom Bosco II. Em sua maioria, os exemplos encontrados se referem a ..... e podem ser encontrados nos seguintes endereços:
(INSERIR OS ENDEREÇOS ENCONTRADOS)
Por fim, os participantes pensaram em soluções para o seu bairro. Desta discussão, saíram as seguintes propostas:
Lazer e parques: Devido a escases de áreas verdes e a falta de espaço para a construção de parques, foi sugerido que a prefeitura coloque uma linha de onibus gratuita com com preço bem abaixo da tarifa comum circulando nos bairros do entorno até os parques da região, como o Parque Raul Seixas e Parque do Carmos, além de outros espaços cuulturais e de recreação;
Ainda sobre o assunto, foi constatado que uma área próxima a Obra Social Dom Bosco que seria utilizada para a construção de empreendimento imobiliário, teve a obra embargada por solicitação do IBAMA, já que há importantes espécies de árvores e plantas no terreno, como o pau-brasil. As árvores estão todas identificadas com plaquetas numeradas. Quem sabe esta área poderá se transformar em um parque?
Segurança: maior circulação de viaturas como forma de prevenir a criminalidade, ao invés de uma ação repressiva após a ocorrência do ato de violência.
Cultura: eventos culturais em ruas de lazer (a serem criadas) e nas escolas (Programa Escola da Família);
Saúde: na região há grandes hospitais e uma boa distribuição de postos de saúde, assim constatamos que o problema é a enorme demanda de populações em bairros próximos que não tem uma boa estrutura. A solução, neste caso, seria o apoio a construção de hospitais nestes bairros carentes.
Todas estas sugestões e outras ainda serão melhoradas, documentadas e encaminhadas ao poder público e lideranças locais, na intenção de testar as idéias e em caso de aceitação promover ações para a implementação das medidas.
Desse modo, a observação sobre o bairro foi aguçada, deixando de lado algumas idéias de senso comum e pesquisando a fundo problemas e soluções.

sábado, 19 de julho de 2008

COMO É A ESCOLA QUE VOCÊ E/OU SEUS FILHOS ESTUDAM E COMO VOCÊ GOSTARIA QUE ELA FOSSE?

No dia 07.06, discutimos a experiência de cada participante com a escola, e suas percepções sobre os aspectos estruturais e organizacionais; preferências e carências.

Com o auxílio de usuários do Telecentro, levantamos algumas informações sobre a situação atual percebida pelos alunos, principalmente pela Léia. Foram destacados os seguintes aspectos:

- Há laboratórios de informática, porém não estão permanentemente à disposição dos alunos, que só o utilizam sob a supervisão de um professor, além de ter inúmeros sites bloqueados (msn, orkut etc.) que embora não sejam de pesquisa, são importantes para a inclusão digital. Tanto é que muitos preferem utilizar os Telecentros.

- A estrutura contempla todos os ambientes necessários para o ensino: quadras, bibliotecas etc., mas os espaços estão deteriorados. Ainda assim, a quadra é o espaço preferido pelos estudantes.

-
Os alunos mais novos (média de 10 a 15 anos) não sabem dizer quais os assuntos tratados atualmente nas disciplinas escolares.

- Reclamam dos professores, que não desenvolvem uma didática que proporcione o interesse dos alunos.

Os participantes mais velhos apontaram diferenças importantes sobre a escola de ontem e a de hoje:

Segundo Minervino e Aparecido, a escola não tinha como principal função educar para o mercado de trabalho. Mesmo porque, muitas pessoas vieram para São Paulo sem instrução, e mesmo assim tinham a garantia de conseguir emprego.

Estes participantes têm facilidade de lembrar do conteúdo estudado, ao contrário do que ocorre hoje.

Ao final, os partiipantes elaboraram uma lista com os principais problemas:

- Falta de relacionamento entre a direção da escola e o bairro;

- Falta de segurança para os professores (sugerem modificações no ECA para coibir atos de violência dos alunos)

- Falta de professores (atualmente há muitas aulas vagas)

Em resumo, chegamos a conclusão de que os problemas do ensino tem como causa alguns fatores que estão além dos muros da escola.

No dia 14.06, a discussão foi sobre a importância da educação e do espaço público para a formação da identidade/cidadania, passando pelos problemas tratados no encontro anterior. Deste modo, o encontro foi norteado por um texto publicado no blog http://www.pulaomuro.blogspot.com/, que trata exatamente dos problemas externos que influenciam no ambiente escolar: a atual crise de valores, a qual agrega aspectos morais (nas famílias), passando por aspectos educacionais e até mesmo de ordem econômica.

É fato que ha décadas o formato das famílias vêm se alterando. Hoje, é grande a quantidade de pais separados e, mesmo os que estão juntos, há o problema da falta de tempo, uma vez que homens e mulheres trabalham, ficando menos tempo com os filhos. Com isso, a educação que vem da família, que tem mais a ver com a formação individual da criança (formação de caráter, se assim posso dizer), fica prejudicada. Observamos que, em muitos casos, os pais esperam que a escola os substitua nesta tarefa. A escola tem a função da educação para a sociabilidade. Isto é, ela deve ser um complemento da educação familiar, e NUNCA sua substituta. Como demostra o IDESP, atualmente o ensino público é de má qualidade, o que siginifica dizer que ele não consegue realizar nem o seu prórpio objetivo: a construção da cidadania, quanto mais substituir a educação familiar. Assim, temos que muitas crianças não recebem a devida atenção no lar (e aqui não estou criticando os pais, mas propondo uma reflexão sobre nosso atual modo de vida), e também não são devidamente educadas para a cidadania, na escola, configurando uma crise de valores

Por fim, e como complemento, relacionamos ainda um outro fator.

A partir de meados dos anos 1970, o Brasil entrou numa fase de abertura econômica, acompanhando o período de democratização. De forma mais intensa, verificamos nos anos 1990 a mudança no padrão de consumo dos brasileiros. Mais eletrodomésticos, mais carros, enfim, toda uma série de novos produtos passaram a fazer parte do horizonte da massa trabalhadora. Embora haja a disponibilidade destes produtos e dos novos padrões de vida, o acesso a eles ainda não é fácil. As pessoas não têm dinheiro para comprar os bens que, hoje, elas julgam necessários. Daí a grande quantidade de financiadoras, empréstimos etc, etc. Quando conversamos com pessoas mais velhas sobre as dificuldades vividas na juventude, eles dirão que mesmo para as pessoas que vinham de outras regiões do país, rapidamente se conseguia comprar uma casa. Geralmente, as famílias eram constituídas por jovens de 20 e poucos anos, e já com casa própria. Hoje, as pessoas não conseguem sair de casa sem se endividar muito.

Quanto a educação, não foi dada a devida atenção no sentido de formar cidadãos. Ou seja, os eforços ficaram concentrados na abertura econômica, e esqueceu-se da democratização. E sem cidadania não há democracia. E daí se fala muito hoje em crescimento, esquecendo-se do desenvolvimento. Ora, um país pode crescer, produzir mais e mais.... mas de que forma sua população está participando disso?

As novas gerações, desprovidas da educação básica - como foi colocado nos parágrafos anteriores - parecem ter incorporado este novo padrão de consumo como principal valor - na falta de outros. E pra isso fazem qualquer coisa. "Ser alguém" hoje, é TER!

Essa deterioração do respeito humano tem como principal característica o que alguns sociólogos chamam de "coisificação". Isto é, ver-se como coisa e tratar os outros como coisa (objetos). Repare que isto independe de classe social, são aspectos que perpassam todas as camadas sociais.

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Blog Pula o Muro. Sobre a atual crise de valores (a causa da causa). 11.junho.2008

quinta-feira, 19 de junho de 2008

POR QUE SEU BAIRRO É ASSIM?

No dia 17.05 tratamos da percepção dos participantes sobre a realidade local e a história do bairro nas dimensões espaço e tempo. Exposição do histórico de investimentos públicos no bairro.

Minervino trouxe um levantamento do desenvolvimento do bairro, desde o século XIX, que dispomos abaixo através de tópicos resumindo os períodos de transformação. A partir deste levantamento, abriu-se a discussão sobre os "porquês" das transformações do bairro ao longo do tempo.

Origem Indígena: O nome do bairro foi citado como constatação de sua origem indígena. Os índios que habitavam esta área deram o nome ao local, que significa "Pedra Dura", devido ao grande número de pedras que formavam o solo e da região.




Grandes Fazendas:
No século XIX a região foi dividida em fazendas que produziam café dentre outros gêneros.




Linha Férrea: Não tardou a construção de uma linha ferroviária por companhias inglesas, que transportava tanto passageiros quanto a produção local aos centros comerciais. Esta linha ligava o bairro ao Rio de Janeiro, então capital da república, e servia também como escoamento da produção agrícola. Posteriormente, o chamado "Trem de Prata" foi utilizado como passeio turístico, sendo desatiado nos anos 1990.


Rafael, participante da Oficina, trouxe em seu blog algumas informações sobre a origem de estradas e bairros a partir da divisão de lotes e a importância da Igreja neste processo:

"Após quatorze anos, as fazendas foram divididas em lotes e vendidas, os compradores fizeram algumas casas e construíram uma capela em louvor à Santa Ana, surgindo assim a Vila Santana. A Fazenda Caguaçu foi vendida à Companhia Carmozina, hoje Vila Carmozina. Foi aí que começou a povoação de Itaquera, em ritmo acelerado.

Os moradores de Vila Carmozina ergueram uma capela em louvor à Nossa Senhora do Carmo, trazendo para a mesma uma pequena imagem (hoje, Matriz Nossa Senhora do Carmo). O primeiro vigário foi o Revmo. Pe. José Bibiano de Abreu, natural de São Paulo, que inaugurou a Matriz a 23 de dezembro de 1928.

Entretanto, Itaquera nasceu com a denominação de "Paragem de Itaquera", quando o Pe. José de Anchieta, por volta de 1556, fundou o núcleo catequético Ururai (S. Miguel Paulista), ordenando a seguir que se abrisse uma estrada em direção ao Caminho do Mar, atual Estrada da Caguaçu, Av. Pires do Rio, Estrada de São Miguel, Estrada de Itaquera, Estrada da Fazenda e daí em diante, com várias denominações em virtude de sua incorporação aos arruamentos por onde passa, ou seja, Estrada João XXIII, Estrada de Sapopemba, Etc. Com a denominação de "Paragem" veio até o fim do século XIX, quando já estava dividida e duas fazendas: Caguaçu e Nossa Senhora do Carmo."




Início do século XX: Neste processo de loteamento das antigas fazendas, alguns estrangeiros compram terrenos no bairro.

Anos 1960 e 1970: Novas famílias chegam à região em busca de moradia barata. Estas famílias, em sua maioria absoluta, vieram de outras regiões do país em busca de trabalho e ali se assentaram dando nova configuração - a atual - ao bairro.


Final dos anos 1960 e 1970: Com a crescente povoação do local provocada pela migração, chega também a ordem dos Salesianos - atual Dom Bosco -, que inicia suas atividades embaixo das árvores e será de grande importância para as novas famílias que chegaram na região no processo de industrialização do país.

Anos 1970: Década de maior transformação do bairro. Nesta época, alguns dos antigos lotes são doados à Igreja. Neste mesmo período há uma chegada maciça de famílias. Muitas casas são erguidas em mutirões e no final da década inicia-se a construção da COHAB José Bonifácio. A Igreja amplia-se, com construção de salão onde acontecem reuniões entre moradores.


Anos 1990: Como resposta à carência de qualificação da mão de obra local, a Igreja passa a construir salas onde serão ministradas oficinas e cursos profissionalizantes. Construção da estação Corinthians-Itaquera do metrô.

Ano 2000: Construção da CDHU - Programa Mutirão. Com a construção da Linha E da CPTM - e da estação Dom Bosco -, consolida-se a vasta rede de transporte da região, o que valoriza o bairro. Ao mesmo tempo, empreendimentos privados, verticais e horizontais, são construídos.



Ano 2008: Contrução do novo prédio para oficinas, ao lado do atual espaço para oficinas e telecentro, onde se realizam os encontros do Projeto Identidade em Rede. Os antigos terrenos comprados pelos estrangeiros e que funcionavam com funcção religiosa fechados são vendidos para construção de novos empreendimentos imobiliários. No entanto, com a riqueza da área verde existente ali, a obra é embargada pelo IBAMA. Quem sabe um novo parque?

Algumas conclusões possíveis

Se por um lado observa-se uma forte relação social impulsionada principalmente pela Igreja, o aumento vertiginoso da população criou um problema de espaço no bairro. As casas já não tem quintais e não há parques nem praças no entorno da Obra Social Dom Bosco. Os participantes ainda destacaram a importância de cada administração no desenvolvimento do bairro. O governo Covas é marcado pela construção de casas em mutirões; o governo Maluf pela finalização da construção da COHAB e das principais avenidas; o governo Marta ficou marcado pela construção dos CEUs e da radialzinha.

Ao final do primeiro dia de discussão, a escassez de áreas verdes mostrou-se como a grande preocupação dos participantes para o bairro. Assim sendo, no dia 31.05 o encontro foi dividido em duas partes: num primeiro momento foi exposto aos participantes as prioridades de cada administração municipal no bairro, desde os anos 1970, e depois nos reunimos no espaço da Igreja Dom Bosco para conversarmos com Marcelo, integrante do grupo ALMA - Aliança Libertária Meio Ambiente - que realiza trabalho de educação ambiental na região e trouxe importantes informações sobre a destinação dos resíduos, reciclagem e fez alertas sobre o consumo.

O pouco espaço é o grande empecilho para a construção de novas áreas de lazer. Mais adiante, os participantes irão elaborar propostas para estes problemas.

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Ao final deste encontro, os participantes passaram a pesquisas imagens que retratassem cada uma destas fases. João Paulo e Minervino localizaram o site http://www.negociosemitaquera.com.br/ , que tem importante acervo de fotos do bairro e que ilustram esta postagem.


segunda-feira, 16 de junho de 2008

COMO É O SEU BAIRRO?

Nos dias 26.04 e 10.05, esta foi a pergunta tema dos encontros.

No dia 26.04, os participantes discutiram os aspectos positivos e negativos do bairro, os quais estão listados abaixo:

Pontos Positivos:

  • Muitas áreas verdes;
  • Locais de lazer e diversão (parques de diversão, parques, quadras e campos de futebol etc.);
  • Crescimento de áreas úteis para a construção de equipamentos voltados para cursos de qualificação e educação (novo prédio da Obra Social Dom Bosco);
  • Churrasco com os amigos (sociabilidade);
  • A movimentação de pessoas;
  • Desenvolvimento do local, principalmente na área comercial.
Pontos Negativos:
  • Desmatamento para construção de prédios, casas e comércio. Sugestão: para cada árvore derrubada, deveria se plantar três árvores em pontos localizados dentro do próprio bairro;
  • Aumento significativo da população, causando com isso o aumento das construções voltadas para moradia e conseqüentemente a diminuição das áreas verdes e também dos quintais das casas;
  • Estagnação do lazer e da cultura, pois os equipamentos destinados a estes fins são os mesmo de antigamente;
  • Diminuição de áreas verdes;
  • Desmatamento para realização de construções (empreendimentos habitacionais);
  • Falta de clubes para realização de atividades voltadas para o lazer, cultura e esportes.
As opiniões conflitantes no que se refere a existência de áreas verdes mostra o quão complexo é a questão ambiental em áreas periféricas, super povoadas. Ao mesmo tempo em que reclamam quanto a ausência de áreas verdes, vêem as construções de moradia e de equipamentos públicos como necessidade.

Para cada opinião, observa-se também diferenças na noção de espaço. Quando se elogia a quantidade de áreas verdes, geralmente se refere a um espaço maior que o distrito de Itaquera, abrangendo também o Parque do Carmo e o Conjunto Habitacional José Bonifácio. Como diz Rafael:

“É um bairro com muito verde e lugares para se divertir, como o parque de diversões que tem no centro de Itaquera, o Parque do Carmo, além de quadras e campos de futebol”.

Embora haja opiniões divergentes, todos associam a diminuição de áreas verdes com o crescimento do bairro. Minervino resume bem o sentimento em relação a atual situação:

“É um bairro em crescimento constante. Antigamente o espaço físico com áreas verdes era bem maior do que hoje em dia, sendo que o crescimento populacional e comercial fez com que estes espaços diminuíssem.O novo é sempre interessante.”

A frase acima em negrito sugere que toda nova construção mostra-se, em princípio, necessária. Mas a constante mudança da paisagem deixa a dúvida sobre a real necessidade.

No dia 10.05 foi exibida uma apresentação em powerpoint com uma sintese da discussão do encontro anterior e a exposição de dados oficiais sobre o bairro.

Em primeiro lugar, foi exibida a divisão por distritos na zona leste de São Paulo, subdividida em Centro-Leste, Leste 1 e Leste 2. Para os dados apresentados a seguir, foram considerados apenas os distritos da Leste 1 e Leste 2, que tem como limítrofes para a Centro Leste os distritos Penha, Vila Matilde, Cidade Líder, Aricanduva e Sapopemba. Assim, como comparativos, bairros como Vila Carrão, Vila Formosa e Tatuapé estão fora desta apresentação. A estrela indica a localização do Telecentro onde é realizada esta oficina.


Após, alguns dados foram discutidos:

População de Itaquera (2007): Total - 211.668 / Até 19 anos - 81.039

Como comparação, a maior população na zona leste está em Sapopemba, com um total de 289.345 moradores, sendo que 109.954 têm até 19 anos; e a menor está no Parque do Carmo (distrito vizinho), com um total de 66.170 moradores, sendo que 25.838 até 19 anos. Dada a demanda por espaço e moradias, os números nos alertam para a possível ocupação da região do Parque do Carmo, pouco povoada por abrigar uma APA - Área de Proteção Ambiental - onde se localiza um grande parque que dá nome ao distrito.

Rendimento médio dos chefes de família de Itaquera (2006): R$1.826,74 .Em 2006, o salário mínimo (SM) ficou em R$350,00. Portanto, a média do distrito equivale a pouco mais de 5 SM. No entanto, 56,7% dos chefes de família recebe ATÉ 5 SM e 22% até 2 SM.

A média municipal é de R$1784,93.

No mapa a seguir há a disposição de equipamentos públicos de Transporte, Saúde, Educação e Áreas Verdes, destacando a área de atuação do Telecentro Dom Bosco II (traço vermelho)e o distrito de Itaquera:


No entorno do Telecentro Dom Bosco II há 2 hospitais (um público - Hospital Planalto - e um privado - Hospital Itaquera); 1 escola pública de 5a. a 8a. série e Ensino Médio; 1 estação da CPTM (Dom Bosco). No distrito de Itaquera há mais 6 escolas de 5a a 8a. série e Ensino Médio e 1 de Ensino Fundamental e Médio; 1 CEU, 1 estação do metrô (Corinthians Itaquera), 1 estação da CPTM (idem), 1 grande pólo comercial. Há poquíssimas áreas verdes no distrito, e só no terreno da Obras Social Dom Bosco é que há área verde no entorno do Telecentro.

Temos, ao final destes dois encontros, um panorama de como é o bairro atualmente. A partir de agora, pesquisaremos os porquês do bairro ser deste jeito.

Para finalizar, seguem algumas imagens do local captadas em 05.04, na aula de campo realizada por ocasião da indisponibilidade do Telecentro, que estava fechado devido a manutenção na Obra Social Dom Bosco. Nelas estão registradas todos os principais pontos característicos do entorno, na visão dos participantes da oficina.

OBRA SOCIAL DOM BOSCO, onde a oficina é realizada.


Construção de novo edifício da OSDB em antigo terreno de horta comunitária, onde serão ministradas novas oficinas e cursos profissionalizantes.


Mutirão, ao lado do campo de futebol dentro da OSDB
CDHU, aos fundos do campo (sentido Conjunto José Bonifácio)
Novos empreedimentos imobiliários (sentido pólo comercial de Itaquera - centro)

Outras imagens serão utilizadas nas próximas postagens.